domingo, 26 de abril de 2015

Em busca da saúde (perfeita!?)...


Estou com um novo projeto: quero dedicar-me ao cultivo da saúde.

Fui à academia de musculação para me informar dos horários e o instrutor que me atendeu disse que o importante nesta prática não é ganhar músculo. É, sim, ter saúde.

Consultei-me com a nutricionista para obter orientações de como me alimentar corretamente. Ela asseverou que o principal é a alimentação ser saudável.

Fui ao médico. Ele pediu-me para fazer exames, auscultou, observou e me fez perguntas de como me sentia em relação a algumas funções de meu organismo. Justificou-me dizendo que era para saber como estava indo minha saúde.

Confuso, achei que era hora de conhecer-me melhor: fui ao psicólogo. Ao relatar minha busca e seus resultados, ele sugeriu-me praticar exercícios de relaxamento. Estes ajudariam em minha saúde mental.

Cheguei em casa, liguei a TV, e passava um programa sobre o tema saúde. Neste, foram divulgadas dicas para se ter uma vida saudável: não fumar, não beber, não exagerar na gordura, não dormir pouco, não ter nível alto de estresse, e, para os não atletas, que é meu caso, não exagerar no exercício físico.


Admito que a confusão é minha, mas será só eu que não sei ao certo o que é essa tal de saúde?

domingo, 12 de abril de 2015

TEMPestar...




Tem dias que a vontade não chega. O ser, mesmo admoestado pelo desvario de apenas estar, deixa-se levar pelo tempo que passa. Queria eu descobrir a morada do tempo, para sempre convidá-lo a atrapalhar a zona de conforto que representa um dia igual ao outro.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

aquele olhar...




Soube do AVC depois de seus familiares já o terem levado embora. Envergonhei-me de não ter dado meia volta no corredor e ter me aproximado para interagir. No entanto, não esqueço do olhar daquele senhor. Olhos falantes. Pulsavam! Flamejantes! Algo excedia a anatomia.
De um organismo disfuncional, flechou-me um olhar único que, mesmo sem lugar, fez algo funcionar(-me). 
Um olhar de verdades que não cabiam em si. Mistério? Talvez. Isso não significa que deva concubinar-se com o anonimato. Ao Isso, deve-se dar vez. Com outros.
Há que existir quem veja, mas enxergue; há que existir quem ouça, mas escute.